quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sugestões ao secretário EDY, BI, TONY e aos demais gestores....

Estimado Edy Albuquerque, essa matéria traduz fielmente o que já sabemos de longas datas. Basta acompanhar os barcos que atracam no porto de Parintins (e nos demais municípios) para comprovar o que absurdamente vem de fora. Ano passado, eu mesmo acompanhei a chegada de ovos, banana e outros itens básicos vindos de outros estados (registrei as fotos neste blog). Contudo, a primeira radical mudança que devemos trabalhar está em fazer com que os atuais gestores (BI e TONY) acreditem, de fato, que o setor primário é o caminho mais viável e rápido. Fique feliz quando li que o BI já tem esse pensamento pelo menos no discurso, mas precisa colocar em prática.  Depois da mudança de mentalidade, a segunda é lhe dar estrutura para trabalhar. Se permanecer a atual, infelizmente não sairemos do discurso. A terceira ação é fazer com que BASA, BB e CAIXA operem, com eficácia e eficiência, o crédito rural do PRONAF. No FNO, liberaram 16 milhões na vizinha Santarém (de onde vem muito produto), e na nossa Ilha Tupinambarana inaceitáveis R$ 1 milhão. Se esse desempenho continuar, nada do que foi dito nesta matéria vai evoluir, ou se evoluir não representará nada em termos de fortalecimento da economia de Parintins. A quarta ação, que tem ligação direta com o crédito, é o serviço quantitativo e qualitativo de ATER, seja público ou privado. Nesse aspecto, o fortalecimento da parceria com o IDAM (não foi mencionado nessa matéria, não entendi!), CEPLAC, EMBRAPA e outros é IMPRESCINDÍVEL. Na comercialização, procure conhecer todos os instrumentos do PAA, PNAE, PGPMBio, PROVB e PREME, pois tem dinheiro de fora (federal e estadual) para ajudar em mais esse gargalo. Com relação ao PNAE, procure saber se a prefeitura vem cumprindo a Lei 11.947/09, e fique de olha nos editais de SEDUC e SEMED/Manaus. Tem muito mais coisa a sugerir, mas fico por aqui, sempre à disposição para ajudar Parintins e os demais 61 municípios do AM. A nova eleição é em 2018, portanto, o momento é de trabalhar a soberania e segurança alimentar e nutricional do amazonense. Não vi nessa matéria qualquer comentário sobre a JUTA E MALVA. Essa cadeia produtiva é nossa, Parintins tem enorme potencial, e as indústrias estão pegando matéria-prima do outro lado do mundo para fazer sacaria. Se fizermos o "feijão com arroz" já iniciaremos a virada definitiva da economia amazonense. Sucesso amigo!!

* Ia esquecendo: recomende ao BI e TONY cobrar o governador José Melo a assinatura do Termo de Adesão ao programa GARANTIA SAFRA do governo federal (desde 2013 o governo estadual nem liga para essa ferramenta). A enchente sempre incomoda nossos produtores rurais, e essa ferramenta pode viabilizar R$ 850 em momentos de adversidades climáticas.

Notícia do dia 08/02/2017
A importação de alimentos em Parintins chegou a 96,5% de janeiro a setembro de 2015 somente nos itens frutas e hortaliças provenientes de Santarém/PA, segundo relatório da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (ADAF), indicando que R$9 milhões anuais deixaram de circular no município pela deficiência na produção agrícola. Mudar essa realidade é o grande desafio que a Secretaria de Pecuária, Agricultura e Abastecimento (Sempa) terá que enfrentar para cumprir a meta do prefeito Bi Garcia e do vice Tony Medeiros de tornar o setor primário um diferencial no crescimento da economia.

"Nós estamos travando uma luta titânica, mas com a plena convicção de que é possível trabalhar um plano de desenvolvimento rural sustentável para transformar a vida no campo e elevar nossa economia. O prefeito Bi Garcia tem nos recomendado para que façamos o que for necessário pra incentivar o produtor rural", destacou o secretário Edy Albuquerque.

O Relatório de Trânsito Interestadual e Intermunicipal de Vegetais e seus Produtos e Subprodutos da ADAF Parintins, que atua com a barreira vegetal para evitar entrada de doenças no município, mostra que além de Santarém, 0,3% de frutas e hortaliças são procedentes de Belém e 3,65% de São Paulo.

De janeiro a setembro de 2015, a importação revelou números surpreendentes. O abacate, por exemplo, foram 256,70 toneladas, que ao preço de R$3,50 (três reais e cinquenta centavos) o quilo, somaram R$ 898.450,00 (oitocentos e noventa e oito mil, quatrocentos e cinquenta reais).  Hoje no comércio local o preço do abacate está  R$ 8,00 (oito reais) o quilo e continua vindo de fora.

 A banana também registrou 768 toneladas que passaram pela fiscalização da ADAF em 2015, num total de R$ 2.305,048,00 (dois milhões, trezentos e cinco mil, quarenta e oito centavos). Outras frutas com registro de importação são abacaxi, acerola, coco, laranja, limão, mamão, maracujá, melancia, melão e tangerina.

Quando o cenário se volta para as hortaliças, os números indicam que o cheiro verde chegou a 14 toneladas, o que representou mais R$ 182 mil circulando na economia de Santarém, cidade com tradição em colônias agrícolas que funciona como um grande entreposto por sua ligação com sul e sudeste. Já a região periurbana do Paraná do Limão que mais produz cheiro verde, não supre a demanda local. Outros itens que constam do relatório são couve, abóbora, batata doce, cenoura, maxixe, pimenta de cheiro e repolho.

Horticultura terá incentivos
Implantar e incentivar projetos de hortas domésticas, quintais produtivos e hortas escolares estão entre os programas da cadeia produtiva de hortaliças, de acordo com o coordenador de produção vegetal da Sempa, Luiz Carlos Roçodo. A saída para reduzir a importação é incentivar a implantação de unidades produtivas de hortaliças em cultivo protegido, melhorias  da técnica de cultivo de hortaliças em balcões, em cultivo de plantio direto e protegido. O município tem projetos para subsidiar a horticultura periurbana, implantar sistemas de irrigação nas áreas de produção hortícola e promover capacitação para a produção com uso de insumos orgânicos ( compostagem, biofertilizante e bioinseticida). Incentivo a feira de produtos naturais e orgânicos também está no planejamento.

Investimentos na fruticultura
Para fortalecer a cadeia produtiva da fruticultura de Parintins, a Sempa está elaborando um diagnóstico das comunidades produtoras de frutas. Vai articular a implantação ou a melhoria de pelo menos duas agroindústrias ou duas mini agroindústrias artesanais nas comunidades que forem selecionadas. Promoverá treinamentos de administração, processamento de frutas e tratos culturais à produção de frutas e sua comercialização, além de eventos técnicos relacionados ao desenvolvimento da fruticultura do município, em conjunto com parceiros. Outra medida é prestar assessoria técnica aos produtores visando uma produção saudável, agroecológica e orgânica.

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