terça-feira, 28 de março de 2017

Até agora não entendi esse auditório quase VAZIO

É triste ver um auditório da ALEAM com dezenas de cadeiras vazias discutindo o setor primário do Amazonas.  O mais preocupante é que contou com a presença do secretário de produção rural. Sinceramente, não entendi!! Posso estar equivocado, mas as fotos disponíveis no site da ALEAM mostram que atores importantes do setor agropecuário local não estavam presente. Cadê os produtores? Os assentados? A Fetagri? O texto, abaixo, de responsabilidade da ALEAM mostra que esse encontro teve a presença de um representante da SEAD (ex-MDA). O que houve? Ou realmente não era para discutir nada, apenas cumprir agenda. A crise tá feia, não podemos perder tempo, nem atirar para todos os lados com a estrutura que temos. Precisamos de FOCO, já que a "Compensa" não nos possibilita esse estrutura. Diria ao Casara que se ele pagar a subvenção ao seringueiro e juticultor, voltar a comprar sementes, assinar o Garantia Safra e voltar a realizar a EXPOAGRO sua gestão já estará resolvida. Será que já estamos vivendo as eleições de 2018? Nosso interior não aguenta mais tanto descaso, tanto discurso, tantas promessas...Posso estar enganado, e até peço desculpas se tiver, mas a assessoria do Casara falhou nesse evento. Um estado com 275 mil agricultores familiares, e uma centena de problemas pendentes, não pega bem ao visitante presenciar esse auditório vazio. 
O Governo do Amazonas liderou a discussão sobre a reforma agrária na manhã desta sexta-feira (24), no auditório Belarmino Lins da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Foram realizadas palestras sobre questões relacionadas ao setor primário, como reforma agrária, regularização fundiária, assentamentos e apoio institucional integrado ao setor.
Participaram das palestras representantes da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), além de municípios como Barreirinha e Tapauá.
O deputado estadual Augusto Ferraz (DEM), representante Aleam no evento, elogiou a iniciativa do Governo do estado em promover o evento. “É uma bela iniciativa do Governo de ouvir e debater as questões sobre o setor primário e mais ainda do presidente da Assembleia, deputado estadual David Almeida (PSD), em ceder o espaço para o debate”, declarou.
O secretário de estado da Produção Rural (Sepror) e representante do Governo no evento, Hamilton Casara, destacou a importância do setor primário para a economia do Estado e fez sugestões para aprimorar o setor primário. “Gostaríamos de propor um trabalho integrado com o Governo com um estrutura multinstitucional no Sul do Amazonas onde contaríamos com o trabalho do Incra e todos os outros órgãos que trabalham com a regularização fundiária para fortalecer as demandas daquela região. Outra proposta seria, sob a coordenação do Incra, fortalecer o processo de emancipação de assentamentos já consolidados, assim como também poderíamos fortalecer os trabalhos de assistência técnica, a cadeia produtiva e o escoamento da produção rural. Entendo que esta integração, ajudaria muito o setor primário”, declarou.
Jefferson Coriteac, secretário executivo Adjunto de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, reconheceu as dificuldades ainda enfrentadas pelo setor, mas que a intenção é reorganizar o funcionamento dos órgãos. “Pactuo em grande parte com a indignação e a reclamação sobre o setor primário. Os órgãos do setor primário sofreram uma grande degradação e é um desafio restabelecer as políticas públicas, mas estamos trabalhando para que o necessitado realmente seja beneficiado”, afirmou.

Um comentário:

  1. Caro Thomaz, nem como presidente da AMAZONCITRUS - Associação Amazonense de Citricultores nem como um dos mais longevos investidores no setor na área rural de Manaus, fui convidado para o aludido encontro. Muito estranho. Além do mais sou um dos que, seriamente, dão o sangue pelo nosso setor primário. Como produtor há quase 40 anos no setor ou analista econômico, minha coluna de A Crítica defende o setor intransigentemente por meio de teses e proposições avançadas, nem sempre do agrado de autoridades e técnicos governamentais, porém firmemente convicto de que a agropecuária associada à expliração sustentada da biodiversidade deve ser entendida como prioridade máxima em relação ao futuro da Zona Franca de Manaus e da própria economia amazonense. Meu livro ECONOMIA DO AMAZONAS - Visões do Ontem, do Hoje e do Amanhã, lançado em dezembro passado é bastante explícito a respeito da questão. Portanto, não posso admitir que uma oportunidade como essa de se trazer à lume questões fundamentais de nosso setor perante a Assembleia Legislativa do Estado, a SEPROR e o IDAM não tenham tido o cuidado de envolver produtores e lideranças do setor de forma contundente. Mais uma oportunidade perdida. Lamentavelmente.

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