terça-feira, 17 de outubro de 2017

Produção de juta e malva em queda livre no Amazonas

 O artigo foi publicado nesta terça-feira no Jornal do Commercio/AM



Um comentário:

  1. Caro Thomaz e seus leitores, bom dia.
    Como sempre, seu blog mais uma vez colabora de maneira clara e objetiva levando os leitores ao conhecimento das realidades do setor primário.
    A matéria acima mostra bem a agonizante e acelerada decadência da importante cadeia produtiva da produção de juta e malva no Amazonas. No Pará a situação não é diferente, infelizmente. De 3.300 toneladas de fibras produzidas em 2010 na região nordeste do Estado, em 2017 a safra deve encerrar com menos de 500 toneladas de fibra.
    O mais preocupante neste quadro de queda é que a produção de sementes de malva acompanha esta tendência. Vale ressaltar que o Pará é o produtor das sementes que formam a safra de fibras no Amazonas. Elevar a safra de fibras no Amazonas requer um trabalho de incentivo à produção de sementes de malva no Pará, este dever de casa deve ser bem entendido por todos aqueles que pretendem realizar um trabalho duradouro nesta área.
    Reduzido a apenas duas indústrias, uma no Pará e outra no Amazonas, este importante setor ainda pode ser a solução para os graves problemas enfrentados pelos ribeirinhos amazonenses e produtores de fibras e sementes no Pará, haja vista os elevados dispêndios com importações relatados na matéria e que poderiam, senão na sua totalidade, pelo menos grande parcela circular no interior dos dois estados.
    Nada está perdido, apesar do desânimo resultante da constante e repetida redução de produção de fibras e sementes. Medidas urgentes, muitas delas incansavelmente sugeridas neste blog e pelos técnicos do Sistema SEPROR podem reverter o quadro.
    Por exemplo: estamos no momento oportuno para o preparo de área para o plantio para colheita de sementes de malva e juta no Pará. Mas para alcançar um resultado efetivo já no ano que vem, seria necessário um trabalho de motivação dos produtores para que isso ocorra, e isto requer investimento em assistência técnica, sementes para plantio, transporte, preparo mecanizado de área em alguns locais, etc. A questão é quem vai bancar este custo, que representaria no final uma saída para alavancar a produção de fibras no Amazonas. Sem nenhum investimento, como tem ocorrido nos últimos anos, a tendência é reduzir ainda mais. No Pará, os investimentos acima representariam transformar uma atividade atualmente extrativista em cultura.
    Moacir Cavalcante da Silva - Economista

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