segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

IDAM e ADAF recebem o FÓRUM DE COMBATE AOS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS

Nesta segunda (29), no gabinete da presidência do IDAM, membros do Fórum Amazonense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos foram recebidos pela equipe técnica do IDAM e da ADAF. Em pauta, os CONCURSOS já autorizados pelo governador Amazonino Mendes. O FÓRUM reivindica que a AGROECOLOGIA receba mais atenção nas novas estruturas do IDAM e ADAF que serão construídas após o CONCURSO. Com isso, fortalecer o fiel cumprimento da legislação que envolve todos os aspectos ligados ao uso de defensivos/agrotóxicos no campo, assim como nos estabelecimentos comerciais que vendem esses produtos. Além disso, que o IDAM tenha pessoal capacitado para atender os produtores que optarem pela produção orgânica. Hoje, segundo Alfredo Pinheiro, apenas 17 agrônomos estão habilitados para emissão do receituário agronômico. Uma informação preocupante para um estado continental que tem 62 municípios. Essa conta não está fechando, e é por aí que o CONCURSO deve começar corrigindo. Apesar dessa ótima notícia do CONCURSO é bom lembrar que mesmo assim aproximadamente 150 mil agricultores familiares  ficarão sem contar com o apoio da ATER do IDAM. O novo quadro permitirá atendimento de no máximo 100 mil agricultores. Luiz Herval, atual presidente do IDAM, se comprometeu a criar, ainda em fevereiro, no âmbito do IDAM, uma gerência voltada para a produção orgânica com um quadro de quatro colaboradores. Por falar em gerência, cadê a coordenação criada na SEPROR na gestão do Sidney Leite?  Em síntese, a ideia do FÓRUM seria contemplar no edital do CONCURSO profissionais formados pelo IFAM e UEA na área de agroecologia para que não dependesse da boa vontade do gestor de plantão a priorização mínima de um quadro de colaboradores envolvidos com essa temática. Isso talvez não seja possível em razão do plano ser de 2012 e não contemplar essas categorias. Contudo, ficou muito evidente a sensibilidade do Luiz Herval e do Sérgio Muniz com essa temática. Tenho sempre dito que a produção orgânica é um caminho sem volta, mas me causa um desconforto danado saber que já temos uma produção no interior que não é remunerada como tal por falta de estrutura para certificar. Estou falando, por exemplo, do pirarucu de manejo, do peixe popular, manga, goiaba, pupunha, tucumã e tantos outros que poderia citar. O que estamos fazendo para que esses produtos sejam valorizados? Que recebam os 30% de acréscimo? Não estão recebendo pq não tem o "papel" que declara como tal. O que estamos fazendo para melhorar a estrutura desses órgãos e entidades que certificam (OCS, SPG, AUDITORIA) esses produtos? Por fim, é o produtor rural que vai optar/escolher/decidir pela produção convencional ou orgânica, e que o IDAM e ADAF tenham a estrutura adequada para apoiar essas duas iniciativas atendendo a legislação em vigor. Afinal de contas, temos no Amazonas 1,3 milhão de pessoas passando fome, isto é, sem convencional e sem orgânico para comer todos os dias. Desse total, 300 mil em Manaus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário